Bancos não reduzem juros e tarifas após duas semanas de queda na Selic

Em
seu rastro, a Caixa Econômica Federal afirmou que deve anunciar
nesta semana uma redução na composição dos preços de alguns de
seus produtos. “A política da Caixa continua sendo a de
praticar os menores juros do mercado”, disse.

BB (Banco
do Brasil), Itaú-Unibanco e Santander informaram que estão
avaliando a decisão do BC e que, por ora, não modificaram suas
tarifas.

Apesar disso, quando implementado, o ritmo de redução
dos bancos é menor do que o promovida pelo BC.

Enquanto o
governo reduziu em 0,5 p.p. (ponto percentual) a Selic, o Bradesco,
até agora o único banco a anunciar cortes, diminuiu suas taxas no
máximo em 0,05 p.p. – ou seja, um repasse de apenas 10%.

“Os
bancos acabam aproveitando o custo de captação mais baixo, mas não
repassam essa diferenças para os consumidores”, afirma Luís
Miguel Santacreu, analista da consultoria Austing Rating.

Segundo
ele, outro fator que pesa é a diferença de leitura do cenário
entre os departamentos de economia dos bancos e o governo. “O
entendimento do BC se baseou principalmente no cenário de crise
internacional.”

“Já as instituições bancárias
brasileiras estão cautelosas com a inflação e a inadimplência,
uma vez que a economia local ainda mostra sinais de
aquecimento.”

Para Santacreu, os bancos estão começando
a analisar “cliente a cliente” antes de conceder
empréstimos.

“A inadimplência não vai estourar, mas o
movimento dos bancos no segundo trimestre foi no sentido de aumentar
as provisões, o que não é condizente com uma queda de tarifas”,
diz.

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