Sindicato e bancos negociam saúde e segurança nesta segunda



O Sindicato e os bancos
reúnem-se nesta segunda e terça-feira (5 e 6) para mais duas
rodadas de negociação da Campanha Nacional dos Bancários 2011, em
São Paulo. Em pauta, as reivindicações ligadas à saúde,
condições de trabalho e segurança bancária.

Para a
presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, as duas primeiras rodadas
de negociação realizadas até agora foram muito ruins. “Esperamos
que os bancos mudem de postura para as reuniões desta segunda e
terça. Caso contrário, vamos organizar os bancários para mais uma
greve, já que essa parece ser a única linguagem que os bancos
entende”, afirma Jaqueline, convocando os bancários para a mobilização.

Durante as negociações, o Sindicato realiza manifestações nas agências bancárias de São Lourenço, nesta segunda, e Caxangá, na terça.

>>
Veja como foi a primeira rodada de negociação

>> Leia sobre a segunda
reunião entre o Sindicato e os bancos

Entre as reivindicações
de saúde, destacam-se o combate ao assédio moral e o fim das metas
abusivas, ambos eleitos pelos bancários como prioridades da campanha
nas consultas realizadas pelos sindicatos e na pesquisa nacional
realizada pelo Dieese a pedido da Contraf-CUT. Dos 27.644 bancários
ouvidos, 63% apontaram os dois problemas como prioritários nos temas
de saúde do trabalhador.

“São temas fundamentais e
inseparáveis, uma vez que a lógica da cobrança por metas está na
raiz do crescimento dos casos de assédio moral”, afirma Carlos
Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. “Os bancos instalaram um
clima de pressão constante sobre seus funcionários que beira o
terror. Não é à toa que os casos de adoecimento psíquico têm
crescido rapidamente entre os bancários. Não é possível falar em
emprego decente numa situação como essa”, completa.

As
reivindicações da pauta de Saúde do Trabalhador incluem ainda
itens importantes, como o reembolso de consultas médicas e do valor
gasto em medicamentos de uso contínuo, e ampliação do número de
horas para a amamentação no caso de filhos gêmeos, entre
outros.

Segurança Bancária – As reivindicações relativas à
segurança bancária também estão na pauta da próxima reunião com
os banqueiros. Os trabalhadores reivindicam melhoria da assistência
médica e psicológica às vítimas da violência e insegurança nos
bancos; instalação de mais equipamentos de prevenção contra
assaltos, sequestros e extorsões; adicional de 30% de risco de morte
no valor da remuneração mensal; entre outras demandas.

Os
bancários estão expostos ao risco cada vez maior de assaltos.
Somente no primeiro semestre deste ano foram 838 ataques a bancos e
ocorreram 20 mortes em assaltos envolvendo bancos no mesmo período,
segundo levantamentos feitos pela Contraf-CUT e pela Confederação
Nacional dos Vigilantes (CNTV).

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