Depois de descumprir decisão judicial, Santander tem 48h pra reintegrar bancária

Desde o dia 7 de julho, uma decisão da Justiça obriga o Santander a reintegrar a bancária Kassandra Oliveira. No entanto, o banco vem se negando a cumprir a determinação. Nesta sexta, dia 26, acompanhada do Sindicato e de um oficial de Justiça, a trabalhadora voltou a procurar o banco, na Superintendência. Os documentos foram assinados e o banco tem 48 horas para lotar a bancária em uma de suas unidades.

Além das doenças ocupacionais, Kassandra tem uma história triste para contar, de desrespeito e assédio moral. Demitida em 2008, ela viveu dois anos de perseguições na agência de Moreno. Cotidianamente, seu supervisor recorria a palavrões, xingamentos, humilhações e constrangimentos para se dirigir a ela. Também se recusava a passar serviço para a trabalhadora.

“Ele me chamava de burra e me falava palavrões na frente dos clientes. Uma delas acabou sendo minha testemunha na Justiça porque presenciou uma destas humilhações”, conta a bancária.

Kassandra recorreu ao gerente, que desconversou, prometeu resolver o problema, mas nada foi feito. Também tentou a transferência para outra unidade, sem sucesso. Apelou então para a Superintendência, que mandou chamar o assediador. No entanto, ele não apenas desmentiu os fatos como inverteu o problema e colocou toda equipe contra ela. Resultado: a bancária foi demitida.

Dois anos depois, a Justiça não apenas reconheceu seu direito à reintegração, como os danos morais sofridos pela bancária. Até terça-feira da próxima semana, o Santander terá que decidir em que agência Kassandra vai trabalhar e em que função, já que a decisão judicial determina que sejam respeitadas as limitações que os anos de esforço transformaram em lesões.

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