O Banco do Brasil garantiu nesta sexta-feira, dia 26, que não há mais nenhum descomissionamento programado em Pernambuco. A garantia foi dada no final da tarde, durante reunião entre o Sindicato e os representantes do BB. Segundo o secretário-geral do Sindicato, Fabiano Félix, nos últimos meses houve uma série de descomissionamentos de gerentes gerais, que deterioraram o clima nas agências do BB.
“Cobramos dos representantes do banco se a política de descomissionamentos era nacional ou se era uma prática da Superintendência de Pernambuco. O banco alegou que as perdas das funções se deram por quebra de confiança ou por desvio comportamental e que o fato de todos eles ocorrerem juntos, nos últimos meses, foi apenas coincidência. Os representantes do BB garantiram que não há mais nenhum descomissionamento programado. Mesmo assim, o Sindicato está atento para defender esses bancários que hoje estão gerentes”, contou Fabiano.
Apesar da justificativa do banco, o Sindicato cobrou o fato de os descomissionamentos terem atingido bancários que têm mais de 15 anos na função e um histórico invejável de qualificação e produtividade. “O problema que nós percebemos e deixamos claro para o banco é que a empresa faz vistas grossas com erros de quem cumpre as metas. Mas quando o gestor não é um bom vendedor de produtos, o BB é rigoroso demais. A questão é que esses descomissionamentos estão gerando uma instabilidade muito grande nas agências. Os gestores estão inseguros e, por isso, cobram de forma desequilibrada seus funcionários, deixando o clima no ambiente de trabalho péssimo. Por isso é importante esta garantia do banco de que não tem mais nenhum descomissionamento programado”, ressalta Fabiano.
O Sindicato também cobrou o banco sobre o descomissionamento de um gerente médio, que trabalhava desde 2003 nesta função. No ano passado, houve uma fraude na agência em que ele estava lotado, que culminou com a demissão do gerente geral. Toda a unidade foi investigada e, com a chegada do novo gerente geral, o gerente médio acabou perdendo a função, mesmo não tendo nada a ver com o caso. “O problema é que ele sempre participou de todas as greves e nos acreditamos que possa ter havido uma retaliação. Os argumentos para o seu descomissionamento foram muito fracos. Cobramos do banco, que ficou de avaliar o caso e no dar um retorno o mais breve possível”, conta Fabiano.
Fechamento da Compensação – Outro ponto discutido na reunião foi o fechamento do setor de Compensação, que estava programado para ocorrer no dia 31 de agosto. Atualmente, o BB está se adaptando para transformar a compensação manual em digital. Segundo os representantes do banco, o fechamento do setor foi adiado e não tem data definida.
“A Compensação, em Pernambuco, que funciona no prédio do CSL, tem hoje 13 funcionários comissionados e 11 escriturários. Todos ficaram em panico, com medo de perder as comissões. O banco se comprometeu com o Sindicato em manter todos os comissionados na mesma função ou em alguma superior. E que os funcionários serão realocados prioritariamente para o CSO”, explica Fabiano.
Segundo o banco, dos 13 comissionados, seis já estão sendo remanejados e um se aposentou. Os demais ainda estão em fase de realocação. Dos 11 escriturários, sete já estão sendo remanejados. O banco ainda afirmou que o setor não será completamente fechado e que alguns funcionários serão mantidos.
Pelo Banco do Brasil, participaram da reunião o gerente de Gestão de Pessoas (Gepes), Miguel Arruda, o gerente geral do CSO, Sílvio Tinoco, o gerente geral da Compensação, João Guilherme, e o representante da Superintendência, José Antônio. Pelo Sindicato, além de Fabiano, participou do encontro o secretário de Saúde, João Rufino.