É cada vez maior o número de pessoas insatisfeitas com os serviços
prestados pelas instituições financeiras, o que tem se refletido no
aumento das queixas a órgãos de defesa do consumidor.
De acordo com reportagem do Jornal da Tarde desta sexta-feira (19), a
partir de dados da Fundação Procon-SP, os bancos foram responsáveis por
27,6% do total de queixas apresentadas pelos consumidores no primeiro
semestre deste ano. Do total de 91.925 registros, 25.391 foram contra
cartões de crédito (12.501) e serviços bancários (12.890).
Esse desempenho conseguiu um fato inédito e vergonhoso para o setor:
pela primeira vez as instituições financeiras lideram as reclamações de
queixas de clientes no Procon-SP. Em segundo lugar ficaram os serviços
de telefonia (22,5%, entre fixa e móvel), em terceiro vieram os móveis
(9,3%), em quarto os eletrodomésticos (8,4%), entre outros.
Segundo depoimento da supervisora da Área de Assuntos Financeiros e
Habitação do Procon-SP, Renata Reis, ao Jornal da Tarde, a cobrança de
tarifas, as movimentações e saques não reconhecidos pelo cliente, além
de cobranças indevidas figuram entre as grandes reclamações dos
consumidores.
Outra informação divulgada pela reportagem é que as queixas junto ao
Banco Central em relação aos serviços das instituições financeiras
também aumentaram. Quando se compara os primeiros seis meses deste ano
com igual período de 2010 o aumento chega a 40%, com a média mensal
saltou de 564 para 790. A reclamação mais comum é sobre débitos não
autorizados, 20,2%; seguido por serviços não contratados, 10,1%;
esclarecimentos incompletos, 9,7%; descumprimento de prazos, 9,3%; e
operações não reconhecidas, 6,2%.