Na primeira audiência com Dilma, CUT entrega pauta de reivindicação

A
presidenta Dilma Rousseff concordou com a necessidade de estabelecer
contrapartidas sociais, trabalhistas e ambientais nos contratados
firmados entre empresas privadas e bancos públicos, como Caixa
Econômica Federal, Banco do Brasil e BNDES – Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social.

A manifestação
de apoio a este e a outros itens da pauta de reivindicação que a
executiva nacional da central entregou à presidenta, ocorreu durante
audiência realizada na tarde desta quarta-feira (17), com os
dirigentes da CUT, a primeira central sindical do País a ser
recebida por Dilma.

Segundo o presidente da CUT, Artur
Henrique, a presidenta concordou que as empresas que têm acesso a
recursos públicos, benefícios fiscais, como desoneração e
empréstimo com juros mais baixos, têm que ter responsabilidade,
metas e obrigações com saúde, segurança, respeito à organização
sindical, acordos coletivos, negociação coletiva e relações do
trabalho.

“Não dá para admitir que empresas que pegam
recursos do BNDES, por exemplo, registrem altos índices de
rotatividade da mão de obra”, afirmou Artur.

Essa foi a
primeira preocupação que a executiva nacional CUT, a principal e
mais representativa central sindical do país, falou para a
presidenta.

Além da questão das contrapartidas, que a
central vem reivindicando há muito tempo, outro item que a executiva
nacional da CUT destacou durante a audiência com a presidenta foi a
questão da crise econômica mundial versus reajustes salariais. Para
Artur, não é possível esquecer que, durante a crise financeira de
2008, o Brasil foi um dos primeiros países do mundo a voltar a
registrar índices de crescimento exatamente porque fortaleceu o
mercado interno.

Para isso, disse Artur, “é fundamental
haver aumento de salário e ter o Estado como indutor de
desenvolvimento”. Segundo o presidente da CUT, “não dá para o
presidente do Banco Central (Alexandre Tombini) vir a público dizer
que salário causa inflação, que tem que segurar aumentos reais.
Isso é um absurdo que não tem tamanho”.

Segundo o
presidente da CUT, Dilma disse que irá continuar investindo em
gastos sociais e outras obras para que o Brasil caminho rumo ao
desenvolvimento econômico e social.

Participaram
da audiência com a presidenta Dilma, além de Artur Henrique, o
secretário Geral, Quintino Severo; o secretário de Finanças,
Vagner Freitas; a secretária Nacional de Comunicação, Rosane
Bertotti;o secretário Organização Sindical, Jacy Afonso; a
secretária da Mulher Trabalhadora, Rosane Silva; o secretário de
Relações do Trabalho, Manoel Messias; e os diretores executivos
Antônio Amâncio Lisboa, Expedito Solaney e Pedro Armengol.

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