Trabalhadoras são homenageadas no Congresso Nacional

Mais de 250
trabalhadoras rurais e da floresta de todos os Estados brasileiros
participaram, nesta terça-feira (16), em Brasília, de sessão
solene em homenagem à 4ª Marcha das Margaridas, no Congresso
Nacional.

Cerca de 100 mil trabalhadoras de 27 Estados estão
acampadas no Parque da Cidade, em Brasília. Nesta quarta-feira (17),
elas sairão, às 07h00, em passeata. Vão marchar do Parque da
Cidade até a Esplanada dos Ministérios, onde farão um ato às
10h00. E, às 15h00, receberão a presidenta Dilma Rousseff, que
confirmou presença no encerramento da Marcha das Margaridas. O
encerramento também será realizado no Parque das Cidades.

Na
sessão solene realizada esta manhã, as trabalhadoras aproveitaram
para entregar aos deputados e deputadas a pauta das “Margaridas”
que, entre outros itens, reivindica autonomia, liberdade, justiça,
melhores condições de vida e de trabalho para as mulheres. Elas
lutam também pelo fim da discriminação e dos baixos salários;
pelo combate à violência contra a mulher, além de desenvolvimento
sustentável.

Segundo Carmen Foro, secretária do Meio
Ambiente da CUT e coordenadora geral da Marcha das Margaridas, o
objetivo da primeira Marcha foi garantir e ampliar os direitos das
mulheres do campo e da floresta. Agora, os objetivos foram
ampliados.

“Queremos dialogar com a sociedade, com o
Congresso Nacional e com o governo sobre o modelo de desenvolvimento
que queremos para o Brasil. O modelo tem de ter perspectiva social e
também ambiental”.

E para lutar pelo País que querem
deixar para os filhos e netos, as mulheres estão determinadas a
ocupar espaços onde possam debater e intervir nos rumos das
políticas que podem ser implementadas.

“Não é possível
pensar em desenvolvimento sustentável se as mulheres não tiverem
autonomia financeira e para se expressar politicamente; para decidir
suas próprias vidas. Ou seja, autonomia plena”, argumentou Carmen,
completando: “A agenda política tem de colocar no centro do debate
a igualdade de oportunidades. As mulheres têm de participar dos
espaços de poder de decisão, como essa Casa aqui”, encerrou a
dirigente se referindo ao Congresso Nacional.

Para as
deputadas, a homenagem que fizeram foi a maneira que encontraram para
ajudar a dar mais visibilidade às questões que afligem as mulheres
do campo e da cidade. Muitas da que se pronunciaram no plenário
ressaltaram que vários pontos da pauta das “Margaridas”, como o
desenvolvimento com justiça social e sustentabilidade, por exemplo,
dizem respeito a todos os brasileiros, do campo e da cidade.

A
deputada Janete Pietá (PT-SP), lembrou que a bancada petista da Casa
está empenhada em Projetos de Lei que têm total afinidade com a
pauta das “Margaridas”. Dentre eles, ela citou o PL 6653, que
trata da equidade de gênero no mundo do trabalho; a PEC 30, que
amplia a licença maternidade de 180 dias para todas as trabalhadoras
do Brasil; e destacou a Reforma Política, com lista, alternância de
gênero e paridade – 50% homens e 50% mulheres.

As
Margaridas que estavam na plenária comemoraram a homenagem cantando
seu grito de guerra, de forma lenta e suave: “Nosso direito vem, se
não vem nosso direito, o Brasil perde também”.

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