Sindicato participa da maior manifestação de mulheres da América Latina

Nesta terça (16) e
quarta-feiras (17), a capital do Brasil receberá a maior
manifestação de mulheres da América Latina. A terceira edição da
Marcha das Margaridas planeja levar a Brasília cerca de 100 mil
trabalhadoras rurais que defenderão um modelo de desenvolvimento
sustentável com justiça, autonomia, igualdade e liberdade.

O
Sindicato vai estar presente. Participam da Marcha a presidenta
Jaqueline Mello; a secretária de Finanças, Suzineide Medeiros; a
secretária da Mulher, Sandra Albuquerque; o secretário de Bancos
Privados, Geraldo Times; e a diretora Eleonora Costa.

O
encerramento, na tarde do dia 17, no Parque da Cidade, deve contar
com a participação da presidenta Dilma Rousseff (leia abaixo a
programação). Durante os dois dias também estão previstas
manifestações diante dos ministérios, do Congresso Nacional e o
lançamento de campanhas contra os agrotóxicos e pela reforma
política.

A expectativa da CUT é reunir mais de 30 mil
militantes ligadas a 17 federações para lutar por uma pauta que
interessa a toda a classe trabalhadora. “Além de marcar presença
como a primeira grande atividade eminentemente feminina do governo
Dilma, a marcha tratará de temas que atingem todas nós como o
combate à violência, a igualdade salarial, o acesso à creche, a
regulamentação do trabalho doméstico, a atualização dos índices
de produtividade e o limite da propriedade da terra, além da questão
dos empregos verdes.”, enumerou Rosane Silva, secretária de
Mulheres da CUT.

Visibilidade para garantir conquistas
Para Carmen Foro, secretária de Meio Ambiente da Central,
as marchas foram essenciais para avançar em questões como o crédito
rural específico para as mulheres, a titulação de terras em nome
das rurais e o programa de documentação para essas trabalhadoras.
Conquistas que fizeram a atividade crescer.

“A primeira e a
segunda edição duraram um dia e nos restringimos a entregar nossa
pauta. Chegamos à conclusão de que era insuficiente e precisaríamos
também construir uma mesa de negociação para termos respostas do
governo e dos ministérios a curto, médio e longo prazo, sendo o
longo prazo o mandato dessa gestão”, explicou.

Segundo ela,
a ampliação foi uma exigência das trabalhadoras para permitir
também o encontro com o interior do Brasil e a troca de experiência
em diversos aspectos. A expansão também busca garantir maior
visibilidade para as reivindicações.

Mulheres livres
– Rosane comenta que manifestações como a marcha são uma forma
de pressão e uma maneira de fazer com que o Brasil comece a
reconhecer que a classe trabalhadora tem dois sexos. Também no
segmento rural. “Por conta da nossa luta, mais de um milhão de
mulheres foram beneficiadas pela emissão de documentos básicos. Até
então, não tínhamos noção de que tantas companheiras não tinham
acesso a esse direito. Da mesma forma, o crédito que só tinha o
homem como beneficiário, passa a atender também a mulher. O próximo
passo é fazer com que as companheiras não sejam prejudicadas no
acesso ao financiamento por conta da inadimplência dos maridos”,
afirma.

Carmen acredita que é fundamental o diálogo com a
sociedade para mostrar que as reivindicações das Margaridas também
afetam aos homens e mulheres da cidade. “A marcha é protagonizada
pelas mulheres do campo e da floresta, mas não é restrita a elas.
Defender uma alimentação saudável, livre de agrotóxicos, não
interessa apenas às rurais. A educação, o acesso à saúde são
mais difíceis no campo, mas não são um direito adquirido na
cidade. Por isso, precisamos somar forças para que possamos
avançar”, diz.

Violência é contra todos – Um
dos pontos fundamentais da mobilização deste ano será o combate à
violência no campo. A preocupação pode ser explicada por dados da
CPT (Comissão Pastoral da Terra). Entre 2001 e 2011, passou de 7%
para mais de 20% a quantidade de mulheres na lista de ameaçadas de
morte por conta da questão agrária no Brasil.

“O perfil do
conflito mudou. Não se trata mais apenas da terra, mas também do
local onde há recursos naturais em abundância como a água, a
floresta, o solo bom para plantar, onde as mulheres sempre estiveram
porque precisam produzir para alimentar a família. Acabar com essa
vergonhosa forma de violência é uma responsabilidade que cabe a
todos nós”, define Carmen.

Programação
Dia 15 de agosto
A
partir das 20h: Cidades das Margaridas disponível para as
delegações.

Dia 16 de agosto
Madrugada –
Chegada e acolhimento das delegações
5h30 – Café da manhã
A
partir das 9h:
. Inauguração da Mostra Nacional da produção
das Margaridas
. Painéis de debates: O desenvolvimento
Sustentável
. Lançamento da campanha contra os agrotóxicos
.
Lançamento da PL de iniciativa popular para Reforma Política
.
Sessão solene no Congresso Nacional
. Ato no Congresso Nacional
.
Exposição Fotográfica – Mulheres Trabalhadoras na Marcha das
Margaridas – Trajetória de Lutas – Hall da Taquigrafia –
Congresso Nacional
Noite: Abertura política da Marcha das
Margaridas 2011
. Lançamento do CD “Canto das Margaridas”
.
Noite-jantar
. Show com Margareth Menezes

Dia 17 de
agosto

5h – Café da manhã
7h – Saída da Cidade
das Margaridas para a Esplanada dos Ministérios
10h – Ato na
Esplanada, em frente ao Congresso Nacional
15h – Ato de
encerramento com a presença da presidenta Dilma, no Parque da
Cidade
17h – Retorno das delegações aos estado

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