Bancários propõem ajustes no programa de combate ao assédio moral

O Comando Nacional dos
Bancários se reuniu na manhã desta sexta-feira, dia 12, com a
Fenaban, em São Paulo, para a primeira avaliação semestral do
programa de combate ao assédio moral, previsto no parágrafo 2º do
acordo coletivo de trabalho aditivo para prevenção de conflitos no
ambiente de trabalho.

Segundo a presidenta do Sindicato,
Jaqueline Mello, que integra o Comando Nacional e representou os
bancários de Pernambuco na reunião, os dirigentes sindicais fizeram
um balanço positivo dos primeiros seis meses de vigência do
programa, mas defenderam ajustes para melhorar a sua aplicação.

“O
acordo é uma grande conquista dos bancários, fruto da greve que
realizamos no ano passado, a maior das últimas duas décadas. Mas
precisamos aperfeiçoar este instrumento, que é inédito no Brasil e
já serve de referência para outras categorias”, explica
Jaqueline.

Os dirigentes sindicais propuseram que a Fenaban
inclua nas suas estatísticas as denúncias de assédio moral que
também são feitas pelos canais internos dos bancos e quais as
causas que provocaram essas denúncias. Os negociadores da Fenaban
ficaram de consultar os bancos sobre as propostas apresentadas e
continuar as discussões numa próxima reunião, em data a ser
marcada.

A Fenaban fez uma apresentação com dados
estatísticos setoriais das denúncias de assédio moral apresentadas
pelos sindicatos aos bancos, e trouxe sugestões de indicadores para
avaliar o desempenho do programa.

Acordo inédito –
O
acordo é uma experiência pioneira no Brasil e garantiu a abertura
de um canal de denúncias, via sindicatos, que são repassadas aos
bancos, preservando a identidade dos denunciantes. Os bancos têm o
compromisso de investigar os casos apresentados e dar retorno aos
sindicatos em sessenta dias.

Já as denúncias apresentadas ao
sindicato de forma anônima continuam sendo apuradas pelas entidades,
mas fora das regras desse programa.

O assédio moral é um dos
principais problemas da categoria em todo país. Segundo a consulta
feita entre maio e junho pelos sindicatos, 66% dos 27.644 bancários
de todo o país conhecem o problema e estão muito preocupados como o
assédio moral.

Números divergentes –
Os números
finais do balanço do primeiro semestre não foram apresentados ainda
por uma divergência de metodologia. A primeira divergência foi em
relação ao período considerado para esse primeiro balanço. A
segunda é que os bancários consideram que a Fenaban deve incluir
nos dados gerais não apenas as denúncias apresentadas pelos
sindicatos, mas também aquelas que chegam via canal interno dos
bancos.

Nova reunião deve ser realizada até início de
setembro.

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