Em junho, a taxa de desemprego no
conjunto de regiões que compõem o Sistema PED – Distrito Federal e
regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre,
Recife, Salvador e São Paulo – registrou relativa estabilidade,
ficando em 11,0%, frente aos 10,9% registrados em maio. Os dados
fazem parte de pesquisa realizada regularmente pelo convênio mantido
entre Dieese e Fundação Seade, com apoio do Ministério do Trabalho
e Emprego e parceria com instituições e governos regionais. Em
junho de 2010 a taxa de desemprego chegava a 12,7%. Desde então a
taxa de desemprego diminuiu 13,4%.
Dentre as sete regiões
pesquisadas, em quatro a taxa de desemprego recuou em junho. A maior
redução ocorreu em Belo Horizonte, onde a taxa de desemprego ficou
em 7,7%, em junho, contra 8,2%, em maio o que representou uma
diminuição de 6,1%. Em Fortaleza, a taxa ficou em 9,7%, em junho,
com queda de 3,0% em relação à de maio (10,0%). No Distrito
Federal a taxa passou de 13,0%, em maio, para 12,7% no mês passado,
ou seja, teve uma retração de 2,3%. Em Salvador o desemprego recuou
0,6%, com a taxa ficando em 15,5%, contra 15,6%, de maio.
Nas
três outras regiões, a taxa aumentou. O maior crescimento ocorreu
em São Paulo (2,8%), onde a taxa passou de 10,7%, em maio, para
11,0%, em junho. Em Recife o aumento foi de 1,5%, com a taxa chegando
a 13,9%, enquanto em Porto Alegre a elevação ficou em 1,3% e a taxa
correspondeu a 7,8%.
Em todas as regiões a taxa foi menor
que no mesmo período de 2010. A maior redução do desemprego deu-se
em Recife (-21,0%), já que em junho do ano passado a taxa estava em
17,6%. Forte recuo foi registrado também em Porto Alegre (-17,9%) e
em São Paulo (-14,7%). Nas demais regiões a diminuição foi menor:
de 9,4%, em Belo Horizonte; -9,3%, no Distrito Federal; de -8,5%, em
Fortaleza e de -7,2%, em Salvador.
No conjunto de regiões
pesquisadas, o total de desempregados ficou, em junho, em 2.427 mil
pessoas, 17 mil a mais que em maio, mas ainda assim, bem menor que em
junho de 2010, quando os desempregados somavam 2.795 mil pessoas.
O
nível de ocupação não variou em junho, pois apenas 8 mil postos
foram abertos nas sete regiões acompanhadas e total de postos foi
estimado em 19.732 mil. Em relação a igual mês em 2010, porém o
saldo é de 504 mil ocupados a mais, o que representa um crescimento
de 2,6%. A Indústria foi o único setor em que houve eliminação de
empregos em junho, com o fechamento de 58 mil vagas (-1,9%). Por
outro lado, o maior crescimento – tanto no mês (1,4%) como no ano
(7,7%) foi verificado na Construção Civil setor em que 1.321 mil
pessoas estavam trabalhando em junho último.
Quando se
analisa a ocupação por região, verifica-se que o nível de
ocupação aumentou em Fortaleza (1,4%), Salvador (0,6%), Distrito
Federal (também 0,6%), Porto Alegre (0,5%) e Recife (0,3%),
diminuindo apenas em Belo Horizonte (-0,4%) e São Paulo (-0,4%). Em
relação a junho de 2010, também houve expansão na maioria das
regiões: Recife (8,4%), Porto Alegre (4,5%), Fortaleza (3,6%), São
Paulo (2,5%) e Distrito Federal (1,3%). Em Salvador houve relativa
estabilidade (-0,1%) enquanto ocorreu redução em Belo Horizonte
(-0,4%).
Em maio, no conjunto de regiões pesquisadas, o nível
de rendimento médio real caiu 0,3% para os ocupados e permaneceu
estável para os assalariados. Seus valores corresponderam a R$ 1.365
e R$ 1.411, respectivamente. Salvador (-1,6%), Distrito Federal
(-1,0%), Fortaleza (-0,6%) e São Paulo (-0,4%) registraram queda em
seus valores. Por outro lado, houve crescimento em Porto Alegre
(1,0%), Recife (0,6%) e Belo Horizonte (0,4%).
Em 12 meses, o
rendimento médio real dos ocupados cresceu 1,6%, mas o salário
médio não variou. Regionalmente, o rendimento dos ocupados
apresentou comportamento diferenciado: elevou-se em Recife (10,8%),
São Paulo (4,1%), Fortaleza (3,1%) e Porto Alegre (3,1%). Quedas
ocorreram em Salvador (-8,2%), Distrito Federal (-5,0%) e Belo
Horizonte (-2,9%).