O Bradesco entrou para a lista de bancos que estão adotando o layout de
agência sem porta de segurança, prática que vai na contramão do que é
defendido pelo Sindicato em relação à segurança de trabalhadores e
clientes.
Para Alexandre Bertazzo, diretor do Sindicato de São Paulo e
funcionário do Bradesco, ao adotar esse novo modelo o banco está
preocupado em ter agências bonitas, atrativas, além de querer facilitar a
entrada dos clientes no estabelecimento, mas acaba se esquecendo de
oferecer segurança, principalmente aos seus funcionários. “Em São Paulo,
já existem várias agências que funcionam de acordo com esse layout, o
que deixa os clientes e os bancários à mercê dos ladrões. O banco tem
uma visão cada vez mais lucrativa e não pensa na segurança daqueles que
colaboram com seu crescimento”, afirma.
O diretor conta que
procurou a direção do Bradesco e reforçou as reivindicações dos
bancários em relação à segurança das muitas agências. Essa pauta também
está sendo discutida na mesa de segurança bancária com a federação dos
bancos (Fenaban) e cobrada na Campanha de Valorização dos Funcionários
dos Bradesco.
Segundo Bertazzo, a direção do banco alega que essa
nova estrutura faz parte de um projeto de valorização da imagem
institucional. “O Sindicato não é contra a modernização, mas cobra
investimentos em segurança. Sabemos que já está planejada a inauguração
de agências dentro desse novo modelo e que as antigas passam por
reformas. Para os bancários, a porta é essencial para o aumento da
segurança. Vamos continuar exigindo a permanência delas. Isso sim é
valorização de fato”, afirma o diretor que orienta aos bancários a
informar ao Sindicato caso sofram algum transtorno no ambiente de
trabalho durante a reforma.
Campanha de Valorização – Além
desse, outros assuntos estão na pauta de reivindicação dos funcionários
do Bradesco que cobram por plano de saúde, a inclusão de pais e a
manutenção do plano para os bancários aposentados, plano de cargos,
carreiras e salários justo e transparente; auxílio-educação; melhores
condições de trabalho com mais contratações; fim do assédio moral e das
metas abusivas.
