Os bancários do Itaú
realizaram nesta sexta-feira, dia 8, um Encontro Nacional para
definir as novas estratégias da luta contra as demissões em massa
que estão ocorrendo em todo o Brasil. Ao todo, 60 dirigentes
sindicais do país inteiro participaram do Encontro, realizado em São
Paulo. O diretor do Sindicato, João Rufino, representou os bancários
de Pernambuco no evento.
“Além de definirmos as novas
estratégias para a luta contra as demissões, também aprovamos a
pauta de reivindicações específicas que será entregue ao Itaú
nos próximos dias”, explica Rufino. Ele conta que todos os pontos
aprovados durante o Encontro Nacional convergiram para a realização
de uma Campanha de Mobilização, com o objetivo de combater as
demissões do banco e garantir melhores condições de trabalho para
todos.
O Encontro Nacional dos Bancários do Itaú ocorreu um
dia depois de o banco retomar as negociações com o Sindicato, graça
aos Dia Nacional de Lutas realizado na quarta-feira, dia 6 (leia mais
aqui).
O presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro,
participou da abertura do evento e fez uma análise da conjuntura,
destacando a importância do Encontro. “Os funcionários do Itaú
Unibanco estão vivendo um momento difícil. Nós, do movimento
sindical, temos que dar uma resposta forte ao processo de demissões
que o banco vem fazendo”, avaliou Cordeiro. Para ele, a luta por
emprego decente passa pela estabilidade, remuneração justa, e
melhores condições de saúde, que que vem sendo afetada pela
pressão constante pelo cumprimento de metas.
Demissões –
Apesar do foco das demissões estar concentrado nos grandes centros
urbanos, o diagnóstico trazido pelos dirigentes sindicais é de que
a ameaça do desemprego ronda as agências de todo país. Outra
característica comum em todas as regiões do Brasil é o clima de
tensão que pressiona os trabalhadores do Itaú Unibanco. O ambiente
de trabalho descrito pelos dirigentes sindicais, de modo geral, é
ruim. Há insegurança pelas ameaças de demissão e pela cobrança
do cumprimento de metas cada vez mais difíceis de serem realizadas.
Os participantes apontaram ainda que há falta generalizada
de funcionários nas agências. Isso vem acarretando acúmulo de
função, sobrecarga de trabalho e, com isso, o descanso fica
prejudicado. São raros os casos em que bancários conseguem mais do
que dez dias de férias, segundo constataram os dirigentes sindicais.