A CUT promete uma onda vermelha pelas ruas do país. Trata-se do Dia
Nacional de Mobilização, neste quarta-feira, 6 de julho, e que iniciará
as lutas do segundo semestre pelo emprego decente: manutenção e
ampliação dos direitos dos trabalhadores bem como aumentos reais de
salários.
Em Pernambuco, o ato acontece a partir das 9h na Praça Osvaldo Cruz,
bairro da Boa Vista, em Recife. Os manifestantes das mais
diversas categorias partirão em caminhada pelas ruas da capital. Antes,
às 8h, os professores se reúnem na sede do Sindicato dos Trabalhadores
da Educação de Pernambuco (Sintepe), também no Recife, para realizar uma
plenária. A seguir, irão se juntar à marcha. Os mesmo ocorre em Goiana, Mata Norte do Estado, onde os servidores municipais também realizarão panfletagem.
De acordo com Artur Henrique da Silva, presidente nacional da CUT, mesmo
sendo a eleição da presidenta Dilma Rousseff uma vitória para os
movimentos sociais, há uma responsabilidade dobrada, principalmente com
as diversas contradições dentro do próprio governo.
“O mandato começou com o discurso para desqualificar a política de
valorização do salário mínimo e seguiu como a defesa do corte de R$ 50
bilhões no orçamento para controlar a inflação por meio da redução do
investimento. Nenhuma palavra sobre a mudança na política
macroeconômica, sobre a redução de juros e, pior, sem debate, discussão
ou articulação com os trabalhadores”, afirmou o dirigente.
O Dia Nacional de Mobilização é promovido pela CUT em conjunto com o
Movimento Social e Popular, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem
Terra (MST), a Marcha Mundial das Mulheres (MMM) e Central de Movimentos
Populares (CMP).
Serão defendidas bandeiras como a desconstrução do argumento de que
aumento salarial gera inflação, o fim do imposto sindical, o combate à
precarização e à terceirização do trabalho, o fim do fator
previdenciário, a redução da jornada de trabalho para 40 horas – sem a
redução de salários -, ampliação da reforma agrária e políticas
agrícolas, a aprovação do Plano Nacional de Educação com previsão de 10%
do PIB, reforma política e financiamento público de campanha e reforma
tributária para que, como diz o mote da campanha, “quem ganha mais, paga
mais. Quem ganha menos, paga menos”.
“Queremos
ver nossa gente, nossa pauta sendo debatida. Para isso, precisamos
colocar a CUT nas ruas e o dia 6 de Julho é fundamental nesse processo”,
convoca Artur Henrique.