Audiência dá sequência a debates sobre o Plano Nacional de Educação

A
Valorização do Magistério foi tema de audiência Pública do
Senado nesta quarta-feira, 29. Heleno Araújo, secretário de
assuntos educacionais da CNTE representou a Confederação durante a
reunião. Participaram também, o coordenador-geral de
Operacionalização do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação
(Fundeb), Vander Oliveira Borges; o presidente da Associação
Brasileira de Educação, Edgar Flexa Ribeiro e a educadora Guiomar
Namo de Melo.

Formação em tempo integral,
salário digno, eleição para diretor de escola, foram alguns dos
temas discutidos na pauta. O professor Heleno Araújo agradeceu o
convite e disse estar preocupado com o novo Plano Nacional de
Educação (PNE) que se mostra bastante confuso após apresentação
de 2.915 emendas. “O PNE precisa atender às necessidades da
educação pública, mas a forma como foi elaborado deixou o Plano
confuso e modesto. A prova é o grande número de emendas que ele
recebeu. E é importante que ele seja aprovado ainda este ano, pois
vale até 2020. Ele tem um tempo para atingir todas as suas metas e
este tempo está passando”, ressaltou.

Guiomar Namo de Melo,
diretora-presidente da Escola Brasileira de Professores, sugeriu
formar professores em regime intensivo similar ao da residência
médica. “Para a educação chegar a novo patamar de qualidade,
será necessário mudar radicalmente a estrutura de formação dos
professores do país”. Para ela, a formação precisa ser feita em
tempo integral, em unidades de ensino especialmente concebidas para
essa finalidade, em regime de dedicação similar ao aplicado aos
estudantes de medicina nas residências médicas.

O presidente
da Associação Brasileira de Educação, Edgar Flexa Ribeiro,
defendeu a formação do trabalho do professor. Ele destacou que o
trabalho realizado pelo professor é mais importante do que outras
profissões nas quais os trabalhadores são até mais valorizados do
que os educadores. “Tão importante quanto valorizar o professor é,
primeiramente, valorizar o que o professor faz e mostrar para as
pessoas o valor que aquilo tem”, afirmou Edgar, que também
enfatizou o descaso do país com a valorização do magistério. “O
que não tem valor para o Brasil é a educação. Além do discurso,
o Brasil não dá nenhuma pista de que tem intimidade com o assunto”,
denunciou.

A audiência deu sequência a uma série de debates
em que a comissão antecipa a análise do novo Plano Nacional de
Educação (PNE). O plano preparado pelo governo, que deverá valer
para os próximos dez anos, ainda está em exame na Câmara dos
Deputados.

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