Depois que os trabalhadores passaram
a ter maior participação na administração dos fundos de pensão,
o patrimônio das entidades cresceu exponencialmente. A Previ (Banco
do Brasil), que tinha R$ 43,6 bilhões de patrimônio em 2002, hoje
registra R$ 153,8 bilhões, um aumento de 9,7% em relação ao ano
passado.
Graças à gestão compartilhada que a Previ, maior
fundo de pensão do país, saiu de uma situação deficitária no
início dos anos 2000 para o bilionário superávit que permitiu
melhorar os benefícios e suspender a contribuição de seus
associados.
Com patrimônio de R$ 43,8 bilhões, a Funcef
(Caixa Econômica Federal) é um dos fundos que mais crescem no país.
Desde 2002, seu conjunto de bens elevou 327,8%.
A Funcef foi o
segundo fundo de pensão que mais cresceu nos últimos oito anos.
Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de
Previdência Complementar (Abrapp), entre dezembro de 2002 e novembro
de 2010, seu patrimônio cresceu 327,8%.
Desde 2003, a Funcef
vem crescendo a uma taxa bem superior à da média dos fundos de
pensão filiados à Abrapp. Em relação ao ano 2000, o patrimônio
cresceu 370,6%. No mesmo período, os ativos do chamado sistema
Abrapp avançaram 272,17%.
O crescimento do patrimônio acima
da média da Previ e da Funcef é uma prova de que a gestão
compartilhada deu certo. “Esse modelo é o ideal. Um plano de
previdência tem dois sócios: o trabalhador e a empresa. Se um dos
sócios fica de fora da gestão do fundo, é claro que a balança vai
pesar para um lado”, explica Cláudia Muinhos Ricaldoni,
presidente da Associação Nacional dos Participantes de Fundos de
Pensão (Anapar). “É preciso compartilhar o risco”,
acrescenta.