A Juventude da CUT deu mais uma demonstração do
seu papel de protagonismo no debate de políticas voltadas aos jovens
brasileiros ao realizar na tarde desta terça-feira (14) a II
Conferência Livre da Juventude Trabalhadora preparatória para a 2ª
Conferência Nacional.
São consideradas etapas livres
aquelas realizadas presencialmente em âmbito estadual, municipal,
territorial ou temático. Essa forma de conferência foi adotada pela
primeira vez no processo da I Conferência Nacional de Juventude. A
partir desta resolução, outras também utilizaram esta metodologia.
“As conferências livres colaboram
no debate sobre diversos temas pelos quais transcorre a Conferência,
ou seja, pelo universo da transversalidade do tema juvenil. No nosso
caso, serão definidas propostas que permearão as discussões nos
estados e municípios”, relata Rosana Sousa, secretária de
Juventude da CUT.
Juventude rural: mãos que
alimentam a nação – Com
disposição e luta, os jovens trabalhadores rurais conquistaram ao
longo dos últimos anos grandes avanços no que tange a garantia ao
direito de permanecer no campo sendo valorizados/as pela identidade
de trabalhadores/as rurais.
Classificada como prioritária pela
coordenadora do Coletivo de Jovens da Fetraf-Sul/CUT, Daniela Celuppi
e pela secretária de Jovens e representante CUTista na Contag,
Elenice Anastácio, a questão da sucessão rural deve ser garantida
pelo Estado junto a uma série de proposições como o acesso de
terras, a desburocratização do acesso ao crédito, educação,
cultura, lazer, diversão e inclusão digital, avançando no processo
da reforma agrária.
O censo agropecuário de 2006
reafirmou a posição da agricultura familiar como indutora da
produção dos alimentos que chegam à mesa da população. Segundo
os números, existem no Brasil 4,3 milhões de estabelecimentos de
agricultura familiar, que somam 84,4% do total, mas ocupavam apenas
24,3% da área total. Já os estabelecimentos do agronegócio
representavam 15,6% do total e ocupavam 75,7% da sua área.
A agricultura familiar responde por
87% da produção nacional de mandioca, 70% da produção de feijão,
46% do milho, 38% do café, 34% do arroz, 21% do trigo e, na
pecuária, 58% do leite, 59% do plantel de suínos, 50% das aves e
30% dos bovinos.
Estes dados reafirmam a importância
da atuação do Governo Federal na construção de políticas
públicas que proporcionem condições para que os jovens permaneçam
no campo, garantindo assim a produção sustentável, com segurança
alimentar e nutricional, justiça social e combate à pobreza.
A
mediação da Conferência livre foi realizada pelo secretário da
juventude da CUT-MS, Giovano Midon.