As quadrilhas que assaltam caixas eletrônicos em
São Paulo já inventaram uma estratégia para contornar os
dispositivos de segurança que mancham de tinta as notas durante os
ataques.
Nesta segunda-feira, dia 6, a polícia apresentou
produtos químicos usados para lavar as notas apreendidas com um
suspeito preso. O homem tinha também, em sua casa, um revólver
banhado a ouro.
Segundo o delegado Nelson Silveira Guimarães,
diretor do Deic (Departamento de Investigações sobre Crime
Organizado), é a primeira vez que a polícia encontra os produtos,
que passarão por perícia para serem identificados.
As notas
manchadas foram apreendidas com o suspeito dentro de um filtro
dágua, banhadas nos produtos químicos.
Na última semana,
o Banco Central decidiu não mais ressarcir o cidadão que receber
uma cédula danificada por dispositivos antifurto, e as notas
deixaram de ter validade.
O objetivo da medida, segundo o BC,
foi contribuir para a redução dos casos de furtos e roubos a caixas
eletrônicos, ao dificultar a circulação de notas roubadas ou
furtadas. Cerca de 75 mil notas manchadas estão em circulação.
O
Procon-SP contestou a decisão e afirmou que “o custo da medida
de segurança contra o aumento de explosões de caixas eletrônicos,
principalmente no Estado de São Paulo, não deve ser repassado à
população”.
A polícia recomenda que as pessoas que
receberam uma nota manchada procurem uma delegacia para registrar
boletim de ocorrência.