A quinta rodada de negociações permanentes com o
Banco do Brasil em 2011, realizada nesta quarta-feira, dia 1º em
Brasília, foi marcada por uma série de reivindicações do
Sindicato e da Contraf-CUT. Os representantes dos bancários cobraram
o imediato preenchimento do quadro de pessoal do Serviço
Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho
(Sesmt), melhorias no plano odontológico, combate ao assédio moral
e negociações sobre a jornada legal de seis horas, entre outros
assuntos.
Ao protestar contra a demora do banco em implementar
a carreira do Sesmt, o coordenador da Comissão de Empresa dos
Funcionários do BB, Eduardo Araújo, citou que diversos bancários
selecionados aguardam o comunicado do banco para iniciar suas
atividades. “Exigimos que a direção do banco cumpra o acordo
com os trabalhadores e retorne o Sesmt imediatemente”, disse
Araújo. A Comissão de Empresa assessora o Sindicato e a Contraf-CUT
nas negociações com o BB.
Em resposta, José Roberto, um dos
negociadores do banco, disse que o BB já está com todos os nomes
selecionados e que o retorno do serviço depende apenas da aprovação
do Conselho Diretor do banco para ser finalmente concretizado. “O
Sesmt tem papel fundamental para garantia da saúde e da segurança
dos funcionários nos locais de trabalho. A Cassi (plano de saúde)
não deve ser a única responsável por isso”, rebateu Eduardo.
Os representantes dos bancários relataram graves problemas
no plano odontológico: inconsistência no cadastro, atendimento
telefônico sem qualidade, falta de dentistas credenciados em
diversos estados e plano inadequado a prestação de serviços de
qualidade.
Durante a negociação, que durou mais de quatro
horas, os representantes dos bancários cobraram ainda a eleição de
representante dos funcionários para o Conselho de Administração do
BB, conforme prevê a portaria nº 26 do Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão, assinada em 11 de março de 2011. Assim como a
implantação da carreira Sesmt, o representante do BB disse que a
eleição depende de aprovação do Conselho Diretor da instituição
financeira.
BB 2.0 – As consequências negativas
causadas pela nova dotação das agências (BB 2.0) também foram
abordadas durante a negociação. Em virtude de uma série de dúvidas
dos dirigentes sindicais sobre o BB 2.0, os representantes do banco
preferiram marcar um encontro específico. Os dirigentes sindicais se
comprometeram a encaminhar com antecedência os questionamentos para
que na próxima reunião o banco responda as perguntas.
Metas
e jornada – Quanto ao projeto GAT e ranqueamento da produção de
funcionários de Varejo (aberto para consulta a todos os bancários
do país), os trabalhadores elencaram graves problemas. “Esses
modelos estimulam o assédio moral e a competitividade exacerbada. O
banco precisa rever esse projeto. É possível manter a ferramenta e
evitar a abertura do sistema para todos os funcionários”, disse
Araújo.
A jornada legal de 6 horas também foi pauta da
reunião. Os bancários voltaram a pedir informações sobre a
criação de uma comissão com essa carga horária. O BB negou que o
estudo do tema esteja concluído, sendo impossível ainda neste
momento fazer o debate com os trabalhadores.