Com sete meses de atraso, BNB assina acordo coletivo com o Sindicato

Após sete meses de
atraso, finalmente acabou a novela do acordo específico do ano
passado do BNB. No último dia 24, o Sindicato e a Contraf-CUT
assinaram com a empresa o Acordo Coletivo de Trabalho 2010/2011, que
nos outros bancos públicos foi fechado em outubro do ano
passado.

Entre outras conquistas, o acordo prevê reajuste de
7,5% sobre todas as verbas, elevação do piso para R$ 1.600 e
avanços no PCR (Plano de Cargos e Remuneração) e na PLR
(Participação nos Lucros e Resultados).

Para o diretor do
Sindicato e representante dos bancários de Pernambuco na Comissão
Nacional dos Empregados do BNB, Alan Patrício, o acordo atende as
principais reivindicações dos trabalhadores. “Ele é fruto da
greve de 15 dias que os bancários encamparam no final do ano
passado. Ainda faltam algumas pendências, mas vamos continuar
pressionando o banco nas negociações. Só é lamentável que o BNB
tenha levado sete meses para assinar o acordo com os sindicatos”,
comenta Alan.

Segundo o dirigente, o atraso de sete meses é
mais um recorde na história da negociação salarial com o BNB. “E
a desculpa do banco pela enrolação é sempre a mesma: que o Dest
(Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais)
do governo federal demorou para autorizar o acordo. Por que não há
essa demora com o BB e a Caixa? É simples. Porque esses bancos não
tratam seus trabalhadores com o mesmo descaso do BNB. Vale lembrar
que no último dia 11 realizamos um Dia de Luta contra o banco e,
coincidência ou não, o acordo saiu. Mais uma prova de que só com
mobilização conseguimos ampliar as nossas conquistas”, destaca
Alan.

Contribuição assistencial – Com a assinatura do
acordo, os bancários do BNB encerraram mais um ciclo de negociação
vitoriosos. Esse é o resultado da luta e da mobilização dos
trabalhadores, mas também de organização, planejamento,
estratégia, infraestrutura e investimento.

Os bancários que
quiserem ajudar o Sindicato com os custos da greve e da negociação
podem colaborar por meio da contribuição assistencial. Aprovada
pelos trabalhadores em assembleia no início da Campanha Nacional, a
taxa única é de R$ 13, que será descontada na folha de
pagamento.

A secretária de Finanças do Sindicato, Suzineide
Rodrigues, esclarece que os recursos do assistencial auxiliam o
Sindicato na condução da greve e das lutas por melhores condições
de trabalho. “Apenas uma entidade forte é capaz de conquistar
vitórias como o aumento real e uma PLR maior a cada ano”, avalia
Suzi.

Quem não quiser colaborar pode solicitar o não-desconto
do assistencial até o dia 9 de junho. O bancário deve comparecer no
Sindicato neste período para preencher e assinar sua oposição à
contribuição assistencial. Quem mora no interior, pode solicitar o
não-desconto por fax. Mais informações pelo telefone 3316-4233.

Expediente:
Presidente: Fabiano Moura • Secretária de Comunicação: Sandra Trajano  Jornalista ResponsávelBeatriz Albuquerque • Redação: Beatriz Albuquerque e Brunno Porto • Produção de audiovisual: Kevin Miguel •  Designer Bruno Lombardi