A UNI Américas assinará nesta segunda-feira, 30, com o Banco do Brasil o
primeiro acordo marco de abrangência continental nas Américas com uma
empresa do sistema financeiro. O evento será realizado em Brasília.
O instrumento é fruto de um longo processo de negociação entre o
sindicato global e o banco, intermediado pela Contraf-CUT e com
determinante participação do escritório regional da UNI sediado no
Panamá, então condenado pelo brasileiro Márcio Monzane, que hoje é o
chefe mundial da UNI Finanças. O acordo prevê a garantia de proteções
mínimas para todos os trabalhadores do BB no continente americano.
Entre os principais pontos do acordo, estão a garantia de liberdade
sindical e o reconhecimento efetivo do direito de negociação coletiva,
compromisso do banco com o combate e a prevenção de problemas de saúde
derivados da atividade laboral, combate ao assédio moral e sexual,
garantia de ausência de discriminação no emprego e promoção da igualdade
de oportunidades, entre outros pontos.
“O Banco do Brasil está se internacionalizando rapidamente e é
importante que se disponha a cumprir as garantias mínimas previstas no
acordo marco”, afirma Marcel Barros, secretário-geral da Contraf-CUT e
funcionário do Banco do Brasil, que participou das negociações para a
construção do acordo.
“Trata-se de um instrumento importante no qual o banco se compromete a
respeitar a ação sindical, liberdade de organização e abrir um canal de
negociação com a representação dos trabalhadores”, sustenta Marcel.
O acordo com o BB é o segundo maior já assinado pela UNI Sindicato
Global com empresas do setor financeiro em todo o mundo em número de
trabalhadores atingidos: são 118.900 empregados, segundo a entidade. A
UNI já assinou acordos marco com outras seis instituições financeiras ao
redor do globo:
– Allianz Seguros, na Alemanha, abrangendo 182.865 trabalhadores;
– Barclays África, válida para a operação do banco inglês no continente africano, com 37 mil trabalhadores;
– Danske Bank, da Dinamarca, com 24 mil trabalhadores;
– NAG, da Austrália, com 39.729 trabalhadores;
– Nordea, da Suécia, com 34.008 trabalhadores;
– Skandia, da Suécia, com 5.800 trabalhadores.