Bancos implementam reivindicação dos bancários para combater discriminação

A Febraban anunciou pela imprensa e já colocou em seu site uma
ferramenta de recrutamento online de trabalhadores, que atenderá a
vários bancos inscritos no programa. Essa é uma das nove propostas
apresentadas pelo Sindicato e pela Contraf-CUT nos debates da
mesa temática de igualdade de oportunidades, para democratizar o acesso
aos bancos e evitar qualquer tipo de discriminação nas contratações. É
uma conquista importante dos bancários, embora a Febraban tenha feito o
anúncio unilateralmente e omitido que a proposta partiu do movimento
sindical.

“A proposta é fruto da mobilização, da negociação e da estratégia dos
bancários na busca da igualdade de oportunidades nos bancos. Esse é um
fato positivo, mas infelizmente a Fenaban, em vez de dar a resposta na
mesa de negociação, preferiu fazer o anúncio via imprensa, de forma
unilateral. Isso é ruim para o processo negocial”, afirma Carlos
Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

“Aliás, queremos cobrar publicamente a Fenaban a retomar as negociações
da mesa temática de igualdade de oportunidades”, acrescenta Cordeiro. A
rodada que estava marcada para o final de março foi cancelada pelos
bancos e continua sem previsão de data de retomada.

Construindo a igualdade de oportunidades – O Sindicato e a Contraf-CUT apresentaram na mesa temática nove propostas para combater
as discriminações de raça, cor, orientação sexual e contra pessoas com
deficiência. São elas:

1. Participação do movimento sindical nos programa de sensibilização de
executivos, líderes e funcionário para os temas da igualdade de
oportunidades.

2. Elaboração de um Plano de Cargos Carreira e Salário com critérios
objetivos e transparentes como indicador de evolução de carreira.

3. Democratização do acesso às promoções por meio de editais ou informativos internos.

4. Garantia do retorno sem prejuízo para as gestoras em licença-maternidade, assim como para outros cargos e funções.

5. Ampliação da licença-paternidade para seis meses (biológico e adotivo) com base no princípio das relações compartilhadas.

6. Que conste da grade de treinamento de líderes e funcionários um
módulo sobre a visão do movimento sindical no tema de igualdade de
oportunidades.

7. Que a orientação sexual conste como indicador para o próximo senso.

8. Que o nível superior não seja critério para contratação.

9. Que os meios públicos de acesso às vagas (sites, publicações,
imprensa, editais) sejam fonte privilegiada de recrutamento de pessoas
com base nos indicadores de igualdade.

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