A direção da Caixa anunciou redução de 32% nas verbas previstas para
pagamento de horas extras. Os valores para esse tipo de despesa são
definidos no início do exercício e preveem os gastos para todo o ano. Cada local de trabalho administra durante os doze meses o valor
previsto para o período. Para o Sindicato, é inaceitável que o banco mude a regra no meio
do jogo.
A falta de funcionários e a sobrecarga de trabalho têm obrigado os
empregados a fazer muitas horas extras. É comum inclusive encontrar
casos de quem faz três ou quatro horas por dia mas só marca duas, porque
esse é o limite legal. Muitos locais já comprometeram quase metade do
valor previsto para o ano. Como farão agora estes gestores quando
precisarem de seus funcionários além do expediente?.
Para o Sindicato, o corte na verba tem relação direta com a recente derrota judicial da
Caixa no que se refere ao registro do ponto. É mais uma demonstração de
que o banco não respeita seus empregados, ao impor um ritmo de trabalho
intenso por um lado, e por outro indicando que tem intenção de
dificultar o pagamento das horas trabalhadas além do expediente.
Carta ao banco – O
Sindicato de São Paulo e a Apcef-SP enviaram nesta quarta 25 uma carta à direção da
Caixa formalizando a reivindicação do pagamento de todas as horas extras
trabalhadas e em protesto contra as irregularidades no registro do
ponto.