Olho vivo com as tarifas bancárias. Uma nova
pesquisa mostra que a variação de um banco para outro chega a
250%.
A secretária Maria da Penha Habib tinha isenção de
tarifas na conta corrente e foi pega de surpresa. “Até novembro
não havia esta cobrança. A partir de dezembro apareceu e a partir
de fevereiro o valor aumentou em 100%. Eu procurei saber se havia uma
resolução do Banco Central autorizando aquela cobrança, e a
gerente do banco disse que não. Era uma decisão do banco”,
conta.
As tarifas bancárias foram padronizadas pelo Banco
Central para permitir a comparação de preços entre os mesmos
serviços oferecidos por bancos diferentes. Só que muita gente anda
pagando mais caro por achar que a medida criou um tabelamento de
preços.
“Existe variação de até 250% entre o serviço
de um banco e outro. Então, por que um banco cobra R$ 30 de tarifa
de abertura de cadastro e outro cobra R$ 350 ou R$ 300?”, indaga
Gilberto Dias de Souza, gerente do Procon em Minas.
Para o
Procon, a maioria dos clientes não se informa corretamente ao abrir
uma conta. Por lei, os bancos são obrigados a ter um pacote básico
de serviços sem taxa que dá direito, por exemplo, a fornecimento de
cartão com função débito ou movimentação; realização de até
quatro saques por mês (dois no caso de poupança); e fornecimento de
até dois extratos por mês. O serviço só vale a pena para quem usa
pouco o banco.
“Aquele consumidor que efetua poucos
saques ou que prefere pagar tudo em espécie, que não coloca contas
em débitos”, afirma Gilberto Dias de Souza, gerente do Procon
em Minas.
Uma dica é ficar de olho no saldo pela internet.
Esse tipo de consulta nos caixas eletrônicos não é tarifado
também. Quem acompanha o dinheiro na conta dia a dia tem mais chance
de evitar cobranças indevidas.