O Sindicato e o
Santander retomaram as negociações da mesa permanente, nesta
segunda-feira, dia 23, para debater a falta de condições de
trabalho nas agências do banco. Durante o encontro, realizado em São
Paulo, os representantes dos bancários cobraram, entre outros
pontos, a contratação de mais funcionários e o fim das
demissões.
“Além disso, cobramos do Santander uma política
mais contundente no combate ao assédio moral. Hoje, a pressão
desmedida pelo cumprimento de metas absurdas têm acabado com a saúde
dos bancários. Este problema, somado à falta de funcionários, tem
sobrecarregado o trabalhador e gerado muito estresse”, comenta o
diretor do Sindicato, Epaminondas Neto, que é bancário do
Santander.
Os representantes dos bancários insistiram na
importância de mais agilidade por parte do banco no programa de
mobilidade interna, que foi implantado após pressão dos
trabalhadores e tem como objetivo evitar demissões e incentivar a
realocação de funcionários.
“São medidas que precisam
ser adotadas com urgência, pois a situação nas agências é
dramática em alguns casos e o Santander está se tornando o pior
banco para se trabalhar”, afirma o bancário Marcelo Sá, que é
coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do
Santander, órgão da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos
Trabalhadores do Ramo Financeiro).
Uma das reivindicações
levadas pelo Sindicato à mesa de negociação foi o fim do desvio de
função, causado pela falta de funcionários. Hoje, é comum que
coordenadores de atendimento precisem abrir caixas para cobrir
buracos.
Assedio moral – Os bancários cobraram ainda o fim
das metas individuais e a instauração das metas coletivas e
reivindicaram o fim de práticas de cobrança abusiva que incentivam
o assédio moral. Entre outros pontos, o Sindicato quer o fim das
reuniões diárias para cobrança de metas e o fim das metas para a
área operacional.
A direção do banco já havia garantido
em outras oportunidades que os caixas não devem ter metas para venda
de produtos. “Insistimos que esta orientação tem de ser dada por
escrito para toda a rede de agências. Temos discutido este assunto
com o banco há muito tempo, mas até agora este problema persiste”,
diz Epaminondas.
O Sindicato também cobrou o fim do trabalho
de prospecção de clientes em universidades após a jornada. A
direção do Santander vai analisar as reivindicações e responderá
na próxima reunião, na segunda quinzena de junho.