Lucro do BNB cresce 14% e atinge R$ 75,7 milhões no primeiro trimestre

Em meios às discussões e indefinições
político-partidárias em torno de quem que poderá substituir o
economista Roberto Smith, na presidência do Banco do Nordeste do
Brasil (BNB), a instituição de fomento segue crescendo. No primeiro
trimestre de 2011, o BNB registrou lucro líquido de R$ 75,7 milhões,
montante 14% superior aos R$ 66 milhões, anotados em igual período
do ano passado.

De janeiro a março últimos, o banco realizou
688.843 operações de crédito, envolvendo recursos próprios da
ordem de R$ 4,61 bilhões, valor 47,7% maior do que os R$ 3,12
bilhões, aplicados em 538.923 negócios nos três primeiros meses de
2010.

As aplicações com dinheiro do Fundo Constitucional de
Financiamento do Nordeste (FNE) também cresceram, saltando de R$
1,43 bilhão, no primeiro trimestre de 2010, para R$ 1,9 bilhão
neste ano.

Recursos próprios – Segundo o balanço
financeiro do BNB, os ativos globais da instituição também
apresentaram crescimento. O volume foi 28,3% superior ao registrado
no 1º trimestre de 2010. O saldo de operações de crédito aumentou
19,15% em relação a igual período do ano passado, com destaque
para as operações de curto prazo que apresentaram incremento de
31,11%.

Do total de recursos próprios, R$ 2,1 bilhões, o
equivalente a 45,6%, foram aplicados em operações voltadas aos
micros e pequenos produtores e empreendedores, por meio de programas
como o Microcrédito, Crediamigo, Pronaf e contratações com micro e
pequenas empresas nordestinas. Desse “bolo “, o Pronaf
ficou com a menor fatia, com apenas 12,7% dos recursos aplicados, o
correspondente a R$ 267,6 milhões.

Captações – Segundo
o diretor Financeiro e de Mercado de Capitais do BNB, Oswaldo
Serrano, o incremento no volume de operações de crédito foi
possível a partir do aumento de 34,47% no volume de captações de
depósito à prazo, que saltaram de R$ 6,48 bilhões, nos primeiros
três do ano passado, para R$ 8,72 bilhões, em igual período de
2011. E ainda, da integralização de R$ 1 bilhão, como instrumento
híbrido de capital, que permitiu melhorar a infraestrutura
operacional do banco, garantindo “mais fôlego” financeiro
para realizar novas operações.

As elevações na margem de
crédito do FNE, no “spread financeiro – diferença entre o
valor do recurso captado e o emprestado -, e nas receitas de taxa de
administração sobre fundos financeiros e de desenvolvimento,
explica Serrano, também justificam os resultados no 1º trimestre
deste ano. Além disso, informa, “houve elevação dos depósitos
e incremento do Patrimônio Líquido em função dos lucros retidos
no período”.

Eólica x Microempresas – Apesar do
incremento nas operações de crédito e no lucro líquido, o BNB
enfrenta dificuldades para financiar projetos de geração de energia
eólica. “Se for aplicar tudo nas eólicas, vai faltar para as
micros”, revela Serrano, lembrando que o Conselho Deliberativo
da Sudene (Consel) arbitrou em 14%, dos R$ 10,7 bilhões disponíveis
para financiamentos, o equivalente a pouco mais de R$ 1,4 bilhão, o
montante para investimentos em infraestrutura.

“Estamos
em conversas com o governo (Federal) para entender o freio que ele
quer dar no setor”, conta o executivo, para quem a solução
passa por parceria com o BNDES e demais instituições multilaterais
de crédito. Ele informou ainda, que é o BNB quem irá financiar
cerca de R$ 600 milhões, para construção do novo Estádio Arena
Fonte Nova, em Salvador; e outro tanto para o Arena Pernambuco, na
Grande Recife, para a Copa do Mundo de Futebol de 2014.

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