Sindicato cobra soluções para problemas dos empregados da Caixa

Representantes dos
bancários e da direção da Caixa reúnem-se no próximo dia 9 de
junho, em Brasília, para aprofundar as discussões sobre a promoção
por mérito do novo Plano de Cargos e Salários (PCS). O objetivo dos
empregados é definir as regras de avaliação de desempenho antes do
término do semestre. A reunião foi definida nessa quarta-feira, dia
18, durante a rodada de negociações permanentes entre o Sindicato e
o banco.

Durante a negociação, o Sindicato defendeu a
necessidade de que os novos critérios de avaliação sejam definidos
ainda neste semestre. “Queremos que os empregados da Caixa conheçam
antecipadamente todos os itens pelos quais estão sendo avaliados.
Também cobramos que o banco faça imediatamente os ajustes que o
Sindicato já revindicou para que a avaliação seja mais justa”,
explica a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, que esteve em
Brasília para participar das negociações com a Caixa.

O
Sindicato também cobrou da Caixa a solução para os problemas do
processo de avaliação de 2011, feito com base no exercício do ano
passado no início de janeiro deste ano. Segundo o banco, os
transtornos dessa vez foram menores. A própria direção da Caixa
afirmou que o critério de linha de corte como metodologia de
avaliação, adotado por pressão e proposta do Sindicato, foi um
grande facilitador para o aumento no número de trabalhadores
promovidos.

Dos 94% dos empregados promovidos com base na
nova metodologia, 85,1% receberam um delta, enquanto 9,5% dos
trabalhadores aptos às promoções tiveram direito a dois deltas.
Houve reclamações de erros nos critérios objetivos (PCMSO e
trilhas). A Caixa verificou e fez a correção do índice, que subiu
para 11,5%, segundo a empresa. Os representantes da Caixa informaram
que se algum empregado ainda se sentir prejudicado deve procurar a
ouvidoria do banco (Siouv).

A reunião desta quarta-feira
discutiu também os desdobramentos e pendências relacionadas ao
Processo Seletivo Interno (PSI), o Plano de Funções Gratificadas
(PFG) e à reestruturação de unidades, as condições de trabalho,
o fim das áreas de compensação e o Saúde Caixa.

PSI – Os
representantes dos empregados apontaram uma série de vícios no
processo e voltaram a defender a adoção de critérios transparentes
para os bancários ascenderem na carreira sem discriminações ou
favorecimentos. Ficou agendada reunião para 10 de junho para
discutir o tema.

PFG – Os empregados voltaram a apontar que as
discriminações aos trabalhadores que permaneceram no REG/Replan não
saldado da Funcef continuam em todo o país. Eles também cobraram
uma definição para o Plano Estratégico de Atendimento (Peate) e
apontaram que, além da falta de pessoal, há distorções de toda
ordem na gestão das agências e gargalos provocados pela unificação
das Ret/PVs. A Caixa ficou de averiguar o assunto, que voltará a ser
discutido.

Compensação – Os dirigentes sindicais
reivindicaram uma posição da empresa sobre o fechamento da área,
cobrando uma solução para os empregados deste segmento. A empresa
alegou não saber ainda o impacto que a medida provocará aos
trabalhadores, ficando de repassar posteriormente informações sobre
o assunto para os representantes dos empregados.

Saúde Caixa
A Caixa justificou que está tendo dificuldades em fechar contrato
com credenciados por conta de Lei 8666, que estabelece os critérios
para licitações, mas o Jurídico da empresa ficou de analisar
alternativas. As entidades representativas lembraram que são comuns
os casos de empregados que pagam e não têm a garantia dos serviços
e cobrou soluções. Para aprofundar a discussão sobre Saúde Caixa
haverá nova negociação no dia 28 de junho.

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