Bancários do Itaú protestam contra demissões e exigem garantia de emprego

O Sindicato realizou
nesta quarta-feira, dia 18, um protesto contra as demissões que vêm
ocorrendo em várias agências e departamentos do banco. O palco da
manifestação foi a agência Caxangá-Cordeiro, onde a falta de
funcionários é visível. Além de Pernambuco, os bancários do Itaú
protestaram no Brasil inteiro, num Dia Nacional de Luta contra as
demissões. Segundo o diretor do Sindicato, João Rufino, só aqui no
estado foram dispensados 22 bancários desde o início do ano.

“O
pior é que o Itaú havia assumido um compromisso com o Sindicato de
que não haveria demissões por conta do processo de fusão com o
Unibanco. Mas o banco não honrou sua palavra. Nós, do Sindicato,
não admitimos essas dispensas, pois a falta de funcionários nas
agências e departamentos do banco é gritante. Isso tem gerado uma
gande sobrecarga de trabalho e afetado a saúde dos bancários. Tanto
é que das 81 CATs (Comunicação de Acidente de Trabalho) que o
Sindicato abriu este ano, 17 são do Itaú. E a maioria é por
LER/Dort (lesões por esforços repetitivos), o que mostra que os
bancários estão trabalhando além da conta”, explica Rufino.

O
protesto ocorreu no período da tarde e ganhou o apoio massivo dos
clientes. “As pessoas vieram falar com a gente para reclamar
justamente da falta de funcionários. A agência Caxangá-Cordeiro,
por exemplo, tem apenas três caixas para atender uma fila enorme.
Ora, se tem sete guichês na unidade é para ter no mínimo sete
caixas”, comenta Rufino.

Para o dirigente, o protesto desta
quarta-feira foi altamente produtivo. “O Itaú tem batido recordes
de lucratividade e não pode demitir os bancários apenas para lucrar
mais. O banco precisa mostrar que a responsabilidade social tão
propalada nas propagandas existe na vida real. Além de preservar os
empregos, o Itaú precisa é contratar mais pessoas para garantir o
bom atendimento aos clientes e melhores condições de trabalho para
os bancários”, ressalta Rufino.

>> Confira como foi a
última rodada de negociação com o Itaú

Segurança – Além da falta de funcionários, a
agência Caxangá-Cordeiro foi escolhida para ser alvo do protesto
por conta da falta de segurança. Lá, em apenas dez dias, três
funcionários sofreram assaltos violentos na saída ou chegada ao
local de trabalho. O motivo: o banco publicou uma norma que impede
todos os trabalhadores do estado de colocarem seus carros no
estacionamento da empresa. Mesmo que eles queiram pagar, estão
impedidos pela determinação do Itaú (leia mais aqui).

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