Representantes
das centrais sindicais – Força Sindical, CUT, UGT, Nova Central, CTB
e CGTB decidiram – na última sexta-feira (13), intensificar a luta
pelo fim do fator previdenciário.
Vale
ressaltar que o fator, criado durante o governo de FHC, é um
mecanismo perverso que achata o valor das aposentadorias,
prejudicando os trabalhadores, sobretudo aqueles que começaram a
trabalhar mais cedo.
Os
sindicalistas também reafirmaram que não irão aceitar qualquer
proposta que imponha idade mínima para a concessão de
aposentadorias no Regime Geral de Previdência Social.
“Agora,
vamos esperar a proposta do governo sobre a questão”, adiantou
o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o
Juruna.
Os
sindicalistas também destacaram durante a reunião, que em maio do
ano passado, o Congresso aprovou o fim do redutor, mas a medida foi
vetada por Lula em junho.
Repúdio
– As
centrais também repudiam as tentativas em curso, por meio de
declarações de autoridades públicas, consultorias financeiras e
setores da mídia, de associar aumentos reais de salário a um
possível descontrole da inflação.
Por
trás dessa associação, existe uma campanha para deter o ímpeto
reivindicatório das categorias que estão em campanha salarial no
segundo semestre deste ano.
As
centrais reafirmam que não se deixarão levar por essa linha de
raciocínio, que não se sustenta diante da realidade.
Os
salários no Brasil continuam em patamares inferiores aos ganhos de
produtividade e de lucratividade de todos os setores econômicos.
Os
recentes ganhos no poder de compra dos assalariados não foram
suficientes para transpor essas diferenças, o que descarta a tese de
que novos aumentos, por se sobreporem à produtividade, podem
pressionar a inflação.