Bancos usam nova estratégia contra explosões de caixas eletrônicos

Quadrilhas que usam explosivos para
roubar caixas eletrônicos têm assustado cidades do Brasil todo.
Esse assunto já foi tema do JN no Ar, em fevereiro, mas na ação
criminosa que se repetiu nesta quinta-feira (28), em São Paulo, os
ladrões foram surpreendidos.

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Uma loja que
ainda nem havia sido inaugurada, dentro de um posto de combustíveis,
foi destruída. Foram ladrões que fizeram isso, mas o que eles
queriam era o dinheiro dos caixas eletrônicos. Mas R$ 17 mil ficaram
para trás. As notas estavam manchadas de tinta.

“Colocaram
explosivos em quantidade um pouco exagerada que danificou bem a
estrutura do posto”, explica o soldado da PM Marcos Cardoso.

Em
Suzano, na Grande São Paulo, a explosão foi dentro de um
supermercado, também para roubar caixas eletrônicos. A quadrilha
levou o dinheiro, que também ficou tingido, como no outro caso.

Em
São Paulo, só este mês, 37 caixas eletrônicos foram atacados.
Para combater os arrombamentos, os bancos instalaram alarmes que
acionam centrais de segurança e a polícia. Mas, quando são usados
explosivos, a ação é muito rápida. Por isso, o jeito encontrado
para desestimular os ladrões foi o de inutilizar o dinheiro.

Dos
41 mil caixas espalhados pelo Brasil, 12 mil já receberam
dispositivos que queimam ou tingem as notas dentro das máquinas, em
caso de explosão.

“É uma tinta que não é lavável, é
uma tinta que fica impregnada na cédula, na nota, no papel, e não
existe nenhum sistema que consiga tirar essa tinta”, explica o
gerente de segurança bancária Vanderlei Reis.

As notas
manchadas são analisadas pelo Banco Central e substituídas sem
custo para os bancos. Já os comerciantes devem ficar atentos, mesmo
que as notas recebam apenas pequenas marcas de tinta do
dispositivo.

“Ele não danifica, mas marca aquela cédula
de uma maneira que ela fica visível pra todos que aquela cédula é
fruto de um roubo, de um assalto, de um furto, assim por diante”,
diz Walter Gutierrez, diretor técnico da Febraban.

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