O Sindicato se reuniu
nesta quarta, 27, com a Diretoria de Relação com os Funcionários
do Banco do Brasil (Diref). Entre os pontos de pauta, a
reestruturação do CSO e CSL – Centro de Serviços Operacionais e
Centro de Serviços de Logística – ocupou o centro das atenções.
Os boatos são de fechamento das unidades em Pernambuco. Segundo os
representantes do banco, o plano é de unificação dos dois centros.
Mas eles garantem que trata-se de projeto a longo prazo, com previsão
de cerca de quatro anos.
A ideia, segundo eles, é permanecer
apenas com os CSOs de São Paulo e Curitiba. Os demais funcionarão,
de forma integrada aos CSLs, em todas as capitais e não apenas nas
regionais existentes hoje. “O problema é que, atualmente,
Pernambuco funciona como regional, e esta mudança pode acabar
forçando a mobilidade do corpo funcional para outras capitais. O
Sindicato está cobrando que tudo seja feito a partir de um debate
nacional, de forma negociada com os sindicatos. E também que sejam
respeitadas as comissões, que haja clareza nos critérios de
remoção, e que haja verbas indenizatórias para quem precisar ser
transferido”, afirma o secretário-geral do Sindicato, Fabiano
Félix, que é empregado do BB e participou da reunião.
Segundo
Fabiano, os representantes do banco garantiram que essa unificação
só vai ocorrer depois que o BB tiver providenciado os elementos
tecnológicos, a modificação na estrutura física e o treinamento
do corpo funcional. “Até porque, hoje, 40% dos funcionários do BB
são escriturários e com menos de quatro anos de banco. Em 2010,
foram contratados, segundo eles dizem, 10.048 trabalhadores e 5.445
foram desligados, a maioria por aposentadoria. Até 2020, outros 20
mil estarão se aposentando. Ou seja, a maioria dos empregados são
novos na empresa e isso requer mais treinamento”, explica Fabiano,
repassando informações dos representantes do banco.
Outros
pontos – Outros pontos foram tratados na reunião. Um deles diz
respeito a um funcionário que foi descomissionado no ano passado. Na
época, o Sindicato denunciou perseguição política, mas o banco
garantiu que se tratava de reestruturação. Neste caso, segundo
normas internas da empresa, o trabalhador deveria ficar como
excedente na própria unidade e ter prioridade em novos processos de
comissionamento. Não foi o que aconteceu. Ele foi removido
compulsoriamente e, agora, não pode mais voltar nem disputar
comissões na unidade anterior, porque tem que ficar dois anos na
nova agência. Os representantes do BB ficaram de verificar o que
aconteceu e analisar o caso.
O Sindicato também reivindicou
que o repasse da listagem de filiados seja feita mensalmente, e de
forma digital. “Hoje, além do banco atrasar a listagem, entrega o
documento impresso, o que tem um impacto ambiental imenso. Esta é
uma reivindicação dos sindicatos em todo o país e eles afirmaram
que a diretoria da empresa é favorável, mas que ainda é preciso
criar uma norma interna para regulamentar o processo”, explica
Fabiano.