Funcionários
do Banco do Brasil no Japão decretaram greve na quarta-feira, 20, em
Tóquio e devem estender a paralisação por tempo indeterminado.
Inédito no país, o movimento grevista brasileiro tem adesão dos
bancários que trabalham nas 7 agências que o banco mantém no
arquipélago.
Segundo Hélio Kengo Watanabe, presidente do
Sindicato dos Funcionários do Banco do Brasil no Japão, a greve
reivindica a readmissão de colegas dispensados sem justa causa e
pede a revisão no rebaixamento de cargo aplicado a alguns
contratados.
Segundo Watanabe, “a administração do BB
Japão submete a equipe a remoções sistemáticas em diferentes
cidades, e os bancários sindicalizados têm sido alvo de constante
retaliação”.
Processo – O Banco do Brasil opera
no Japão há 38 anos com 160 funcionários, sendo 120
sindicalizados. Os cargos de gerência-adjunta são ocupados por 10
funcionários de carreira, vindos do Brasil. O impasse entre os
bancários e a gerência se arrasta desde fevereiro, quando o
sindicato impetrou ação contra o BB no Ministério do Trabalho
japonês. Eles contestam a demissão e transferência de
funcionários.
Na quarta-feira à tarde 75 grevistas se
concentraram no Hibiya Park em Tokyo e de lá rumaram em passeata até
o Tribunal onde ocorreu a segunda audiência trabalhista. A
paralisação prejudica operações financeiras, como as remessas e
contas-poupança de cerca de 80 mil dekasseguis correntistas do Banco
do Brasil. O banco também atende empresas e clientes japoneses.