O
MST ocupou mais seis fazendas em vários municípios pernambucanos,
somando 15 áreas ocupadas no estado, com a mobilização de 3.000
famílias.
Foram
realizadas ocupações em latifúndios improdutivos nos municípios
de São Bento do Una, Altinho, Igarassu, Joaquim Nabuco, Itambé,
Sertânia, Petrolina, Granito, Inajá (duas), Lagoa Grande, Floresta,
Ibimirim, Iatí e Serra Talhada
De
acordo com o Incra de Pernambuco, 57% dos latifúndios cadastrados no
órgão são improdutivos, o que dá um total de 411.657 hectares que
devem ser destinados à Reforma Agrária.
Essa
área é suficiente para assentar as 23.000 famílias que vivem hoje
acampadas em todo o Estado.
Isso
sem contar as áreas devedoras da União e que desrespeitam a
legislação trabalhista e ambiental, e que são, portanto, passíveis
de desapropriação para Reforma Agrária, segundo a Constituição
Federal.
Apesar
disso, das 15.000 famílias do MST que vivem em acampamentos, muitas
estão acampadas há mais de cinco anos, vivendo em situação
bastante difícil à beira de estradas e em áreas ocupadas, que são
vítimas da violência do latifúndio e do agronegócio.
As
ocupações dão continuidade às ações da Jornada Nacional de
Lutas por Reforma Agrária no Estado de Pernambuco, que continuam nos
próximos dias.
O
MST exige o assentamento das 100 mil famílias acampadas até o final
deste ano; e que o governo apresente um plano de metas de
assentamentos em áreas desapropriadas até 2014.
Além
disso, cobra um programa de desenvolvimento dos assentamentos, com
investimentos públicos, crédito agrícola, habitação rural,
educação e saúde; e medidas para garantir educação nos
assentamentos, com a construção de escolas nos assentamentos, um
programa de combate ao analfabetismo e políticas para a formação
de professores no meio rural.