Neste
sábado, 16 de abril, a Previ – caixa de previdência dos
funcionários do Banco do Brasil – completa 107 anos de existência.
Há mais de um século, um grupo de 52 trabalhadores do banco, em
busca de segurança no futuro, decidiram criar a a Caixa de Montepio
dos Funcionários do Banco da República do Brasil. Hoje, a
instituição tem mais de 186 mil participantes, administra mais de
R$ 150 bilhões de patrimônio, é o maior fundo de pensão da
América Latina e o 25º do mundo.
Em todos estes anos, os
associados conseguiram garantir uma participação ativa nas decisões
sobre sua caixa de previdência. Todas as instâncias administrativas
– Diretoria Executiva, Conselho Deliberativo, Conselho Fiscal e
conselhos consultivos – são paritárias, com igual número de
representantes eleitos pelos trabalhadores e indicados pelo banco.
“Estamos lutando para retomar a diretoria de participação,
que era ocupada pelos representantes dos associados e foi trocada por
outra durante a era FHC”, afirma o secretário-geral do Sindicato,
Fabiano Félix, que também é conselheiro fiscal da Previ.
Segundo
Fabiano, outra grande conquista para democratizar as decisões na
Previ foi tomada em 2003, quando decidiu-se que toda e qualquer
atividade técnica na caixa de previdência deveria ser desempenhada
por funcionários do Banco do Brasil, de forma a reduzir a
terceirização.
“Os conselheiros e diretores eleitos
defendem que toda e qualquer decisão seja tomada via consulta aos
associados, mesmo quando isso não seja exigido pelo estatuto. E
também pretendemos lançar uma campanha de educação
previdenciária, estimulando o associado – inclusive os mais novos
– a acompanharem os rumos de sua caixa de previdência”, diz
Fabiano.
O fato é que, neste
centésimo sétimo aniversário, os associados da Previ têm motivos
para comemorar. “Nossa maior conquista tem sido manter o plano
superavitário há oito anos, o que garantiu a distribuição deste
superávit para os participantes do Plano 1”, avalia Fabiano. E
completa: “Para o futuro, queremos avançar na política de
distribuição do superávit e, em relação ao Previ Futuro, reduzir
a Parcela Previ para benefícios de risco e garantir a possibilidade
de resgate da parte patronal”.