As
entidades sindicais que integram o Fórum dos Servidores Municipais
do Recife (FSM), coordenado pela Central Única dos Trabalhadores
(CUT-PE), apresentaram, na tarde de ontem, na sede da CUT-PE, o
resultado da Mesa de Negociação realizada, na última quarta-feira,
junto às secretarias de Administração e Finanças da Prefeitura da
Cidade do Recife (PCR). Os servidores estão insatisfeitos com a
possibilidade de não terem seus pleitos atendidos. Eles pedem um
reajuste salarial de 12,74%, aumento do ticket alimentação de R$ 10
para R$ 14, além da implementação do Plano de Cargos e Carreira
(PCC), que deveria ter entrado em vigor desde 2008. Se não houver um
acordo entre as partes no próximo encontro, agendado para o dia 27
de abril, os quase 27 mil servidores municipais poderão entrar em
greve.
“A Prefeitura não apresentou possibilidade de
aumento salarial juntamente com a implantação do Plano. A proposta
deles é conceder o Plano e não dar o reajuste. Nós não iremos
aceitar”, disse a coordenadora do FSM, pela CUT-PE, Andréa
Batista. “Se a resposta da próxima mesa não for positiva, nós
iniciaremos a paralisação”, enfatizou.
Segundo o
secretário de Administração, Dárcio Rossiter, a Prefeitura está
conduzindo a negociação dentro das possibilidades da folha de
pagamentos. “Vamos fazer tudo o que for possível, dentro dos
limites que temos paras atender parte dos pleitos dos servidores, sem
prejudicar a sociedade”, disse. De acordo com Rossiter, a PCR quer
chegar a um consenso com os trabalhadores, mas sem afetar os
investimentos municipais em saúde, educação, segurança, entre
outros. No último ano, o patamar dos gastos com pessoal subiu de
41.8% para 46.32%. “O aumento se deu em função da correção de
pagamentos em categorias que estavam distorcidas, do piso salarial
dos professores, entre outras coisas. Por isso, vamos negociar dentro
dos limites e os servidores irão entender. Seria muito precipitada a
decisão de fazer uma greve”, completou o secretário.