Depois de muita pressão
do Sindicato, o banco Itaú aceitou criar uma Comissão de
Conciliação Voluntária (CCV) para os bancários que estão
deixando a empresa. Com este instrumento, os ex-funcionários poderão
buscar a solução para os direitos que a empresa deixou de pagar
durante o contrato de trabalho, sem ter de ingressar com ações na
Justiça.
Para o diretor do Sindicato, Fábio Sales, que é
bancário do Itaú, a CCV é uma conquista dos trabalhadores. “A
grande vantagem é que a CCV resolve em 30 dias os problemas que a
Justiça levaria 10 anos para decidir. Ela não tem qualquer custo
para o bancário e não anula a possibilidade do trabalhador
ingressar na Justiça depois”, explica.
Assembleia – O
Sindicato realiza no próximo dia 19 de abril, terça-feira, uma
assembleia com os bancários do Itaú para decidir se aceitam ou não
a criação da CCV. A reunião começa às 18h30 e será realizada na
sede do Sindicato (Av. Manoel Borba, 564, Boa Vista, Recife).
“É importante que os
bancários participem e discutam a importância da CCV. É claro que
o Sindicato defende a aprovação, até porque a Comissão é um
grande instrumento para solucionar o passivo trabalhista”, comenta
o diretor do Sindicato, João Rufino, que é funcionário do Itaú.
O que é CCV? –
A Comissão de Conciliação Voluntária é um grupo formado por
representantes da empresa e do sindicato que tem o objetivo de
negociar a quitação dos direitos não pagos a um funcionário
durante o seu contrato de trabalho (horas extras, equiparação
salarial etc.).
A grande vantagem da CCV é a rapidez na
solução do impasse. Todo o procedimento, da primeira reunião ao
pagamento, não excede 30 dias. Na Justiça do Trabalho as ações
podem demorar 10 anos. E se o acordo não atender todas as
reivindicações do funcionário, ele ainda pode recorrer à
Justiça.
Vale destacar que decisão de aderir ou não da CCV
é apenas do bancário, que participa de todas as reuniões.