O Santander ficou de apresentar nesta sexta, 1º de abril, propostas de
solução para os problemas gerados pela integração tecnológica com o
Real.  Os problemas foram relatados em negociação na última terça, entre
a Comissão de Organização dos Empregados e representantes do banco. Em
todo o país, a situação nas agências é caótica.

Os empregados
não foram preparados para lidar com a mudança dos sistemas operacionais.
Também não há qualquer suporte técnico. “É como se todo mundo fosse
novato, não soubesse do serviço e não tivesse a quem recorrer”, explica o
secretário de Administração do Sindicato, Epaminondas França, que
representou Pernambuco na negociação com o banco.

Além de lidar
com toda esta situação, os bancários ainda estão tendo que cumprir todas
as metas. Em outros estados, outro problema se junta a estes: como o
sistema adotado na integração foi o do Santander, os funcionários do
antigo Real, que não conhecem nem foram treinados para lidar com o
sistema, estão sendo alvo de discriminação e assédio.

Os
representantes dos trabalhadores propõem que seja garantido suporte
técnico, aumentando o número de monitores (padrinhos) e treinando o
pessoal dos Call Centers. Também pedem que seja suspensa a exigência de
metas durante este período de transição. Para pagamento do Programa de
Participação nos Resultados – PPR, seriam utilizados os parâmetros do
mês anterior ao período de migração.