Bancários do BB são humilhados pela Superintendência de Varejo do Banco

O Sindicato recebeu nos
últimos dias uma série de denúncias contra a Superintendência de
Varejo do Banco do Brasil, que estaria pressionando e humilhando
funcionários das agências da região metropolitana do Recife.
Segundo as denúncias, a Superintendência estaria fazendo reuniões
nas agências e, nesses encontros, sobram expressões chulas,
preconceitos, machismos e ameaças de descomissionamentos. O motivo:
as agências não estariam cumprindo metas.

“A
Superintendência tem abusado na relação com os bancários. Segundo
apuramos, o superintendente diz que o BB deve atuar como banco
privado e que ele defende que a empresa deveria descomissionar os
funcionários com apenas uma avaliação negativa e não com três
como está no acordo coletivo dos bancários”, conta Sandra
Trajano, diretora do Sindicato.

Além das ameaças, o
superintendente estaria desrespeitando as mulheres, com discursos
machistas e palavras de baixo calão. “Fomos até as agências e
confirmamos as denúncias. O Sindicato é totalmente contra este tipo
de atitude. Temos um belo histórico na luta contra o assédio moral,
inclusive com um acordo conquistado recentemente para combater esse
mal. A atitude do gestor não só vai de encontro a este acordo, mas
também rasga o código de ética do BB e a cartilha produzida pelo
próprio banco sobre as normas de conduta para prevenir o assédio
moral. Na página 9 da cartilha está expresso que o funcionários
não pode “usar o cargo ou função para amedrontar ou ameaçar
pessoas com punição em caso do não cumprimento das metas/objetivos
da empresa””, detalha o secretário de Saúde do Sindicato, João
Rufino.

O dirigente ressalta que a mesma página da cartilha
diz que os funcionários não podem “desqualificar quem quer que
seja usando expressões pejorativas e depreciativas para rotular o
desempenho ou resultado do trabalho. “E é tudo isso que esse
gestor está fazendo”, diz Sandra.

Reação do Sindicato –
Para tentar solucionar o problema, o Sindicato marcou uma reunião
com a Superintendência Regional e com a Gepes (Gerência de Pessoal)
do BB. “Queremos que o banco cobre do gestor uma mudança de
atitude, pois a forma com que ele está conduzindo seu relacionamento
com as agências só tem causado mal estar e deixado o ambiente de
trabalho insuportável. Em vez de motivar seu pessoal, o
superintendente só tem deixado os funcionários desgostosos com o
banco. E isso pode ter sérias consequências na saúde e no próprio
desempenho do bancário”, diz Rufino.

O Sindicato pretende
fazer a reunião com a Superintendência e com a Gepes nesta
segunda-feira, dia 28.

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