Dia Internacional da Juventude, celebração e luta

Neste dia 12 de agosto, a
juventude
sindical celebra, pela primeira vez, o Dia Internacional da Juventude.
Até
então, a única data comemorativa de jovens do nosso país era o 11 de
agosto, Dia
do Estudante. Hoje, a juventude brasileira não é apenas estudante, ela é
também
trabalhadora. Celebremos juntos o nosso dia, como um dia de luta.

É um dia de luta para que toda a
juventude
brasileira possa exercer o direito à educação. Lutamos para que existam
políticas que garantam a permanência dos/as estudantes na escola, em
todos os
níveis de ensino. Mas queremos também mudar essa escola que nós temos.
Queremos
que ela seja espaço de fruição cultural, de produção de conhecimento e
integração das políticas sociais de juventude. Queremos também
fortalecer o
Sistema Público de Educação Profissional e Tecnológica.

É um dia de luta por trabalho
decente para
a juventude. Por isso, empunhamos com ainda mais força a bandeira da
redução da
jornada de trabalho sem redução de salário. Queremos que o tempo
dedicado à
educação profissional e à qualificação seja contabilizado como tempo de
trabalho, portanto, que seja considerado em nossa jornada. Não podemos
aceitar
a existência do trabalho infantil e a utilização de estagiários e
aprendizes
como forma de precarização da nossa força de trabalho.

É um dia de luta por
igualdade racial, de
combate à homofobia e ao machismo. Queremos políticas afirmativas que
reparem
as desigualdades históricas. Queremos que a discriminação contra gays e
lésbicas seja considerada crime. Queremos a igualdade entre homens e
mulheres
em todos os espaços da vida social.

É um dia de luta pelo direito das
mulheres
serem donas do seu próprio corpo. Combatemos a mercantilização do corpo
das
mulheres. Queremos a regulamentação do atendimento a todos os casos de
aborto
no serviço público, evitando a gravidez não planejada e a morte de
inúmeras
mulheres, na sua maioria pobres e negras, em decorrência do aborto
clandestino.

É um dia de luta da juventude rural,
por acesso
à terra e permanência no campo. Queremos reforma agrária e aumento dos
investimentos na agricultura familiar. A juventude rural quer educação
no, do e
para o campo.

Queremos marcar o 12 de agosto
como o dia que reúne o conjunto dessas lutas. Que unifique
nossas bandeiras em uma só, uma bandeira das bandeiras da juventude.
Como
fizemos no I Festival das Juventudes, realizado em Fortaleza, queremos
ver de
mãos dadas as juventudes sindical, estudantil, LGBT, feministas,
negros/as,
rural, sem moradia, dentre muitas outras juventudes em movimento.

E é por isso que estamos juntos. Queremos
que o Pacto pela Juventude, que incorpora todas as bandeiras citadas
aqui,
tenha a adesão da nossa companheira Dilma, única candidata com
capacidade de
realmente implementá-las. Assim, no dia 12 de agosto do próximo ano,
quando
realizarmos mobilizações em todos os estados do nosso país, a juventude
brasileira estará cobrando o compromisso assumido com a assinatura do
Pacto.
Não seguimos à toa. Apenas começamos.

Expediente:
Presidente: Fabiano Moura • Secretária de Comunicação: Sandra Trajano  Jornalista ResponsávelBeatriz Albuquerque • Redação: Beatriz Albuquerque e Brunno Porto • Produção de audiovisual: Kevin Miguel •  Designer Bruno Lombardi