O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele
não ouve, não fala, nem participa
dos acontecimentos políticos.

Ele não sabe que o custo de vida,
o preço do
feijão, do peixe, da farinha,
do aluguel, do sapato e do remédio
dependem
das decisões políticas.

Trecho de texto de Bertold Brecht, escritor e
teatrólogo alemão

 O dia a dia, a
luta pela sobrevivência, muitas vezes nos fazem perder a capacidade de
pensar o futuro, de ver que nossas escolhas poderão definir rumos não só
para nossas vidas, mas também para nossas entidades de representação,
nossa cidade, nosso Estado, nosso país. Por isso é importante lembrar
que o ano de 2010 está marcado por eleições em entidades de
representação dos bancários, como os fundos de pensão, e a Caixa de
Assistência do Banco do Brasil, a Cassi.

Mas
também por eleições gerais. Ao colocar seu voto na urna, cada cidadão
estará respondendo à pergunta do que deseja para seu futuro. Essas
escolhas são extremamente importantes e só existe uma forma de garantir
que o resultado será aquele que você deseja: informar-se e ocupar seu
lugar de agente político na sociedade.

É
necessário lembrar como foi difícil para os bancários da Caixa e do
Banco do Brasil conquistarem o direito de eleger seus representantes em
suas entidades e como, a partir dessas escolhas, entidades como os
fundos de pensão passaram a ter administrações muito mais transparentes,
que levaram aos resultados superavitários que vêm tendo nos últimos
anos.

E
recordar as dificuldades e as lutas por que passamos e passaram nossos
antepassados para garantir nosso direito a voto nas eleições gerais.
Para quem não se lembra, há bem pouco tempo, em 1984, os brasileiros
vestiram suas camisas amarelas e foram às ruas para exigir que todos
tivéssemos o direito de eleger o Presidente da República pelo voto
direto. Esse direito foi recuperado há bem pouco tempo, cerca de 20
anos, e marcou o sepultamento definitivo da ditadura militar.

Mas
só votar não basta. Como diz o escritor alemão Bertold Brecht, o pior
analfabeto é o analfabeto político, porque se você não se informa e
participa, outras pessoas tomam as decisões que vão influenciar
diretamente a sua vida em seu lugar. E não basta ter informações de
apenas uma determinada TV ou uma revista, porque é necessário saber que
cada um desses atores também defende determinados interesses.

Para
participar, é necessário estudar, confrontar versões, ver argumentos,
saber quem defende o que e por quê. Enfim, pensar e agir como cidadão.
Escolher entre projetos que mantêm privilégios dos que sempre mandaram
nesse país ou um projeto de desenvolvimento e maior justiça social. Seja
qual for sua escolha, bom voto.