As históricas conquistas da categoria bancária são frutos da luta dos bancários da ativa e dos aposentados. Neste dia 24 de janeiro, data que celebra-se o Dia dos Aposentados e da Previdência Social, o Sindicato dos Bancários de Pernambuco parabeniza os trabalhadores que contribuíram para a construção de um País melhor.
“Com 88 anos de história, o Sindicato acumulou vitórias para a categoria bancária e segue comprometido com a defesa desses direitos e de uma aposentadoria digna para as trabalhadoras e trabalhadores.Temos a clareza que, diante dos ataque do governo Bolsonaro, as lutas em defesa da Seguridade Social e dos Fundos de Pensão devem ser prioritárias. Por isso, é importante que os bancários se mantenham filiados, mesmo após se aposentarem”, afirma a presidenta do Sindicato, Suzi Rodrigues.
As aposentadorias como um todo respondem por 58% dos benefícios pagos pela Previdência. Quase 65% dos benefícios equivalem a um salário mínimo, piso dos benefícios pagos pelo INSS, pela assistência social e para o seguro desemprego estabelecido na Constituição de 1988. Vale destacar que, nas famílias mais pobres, quase um quarto da renda (24,3%) vem de aposentadorias, pensões e programas sociais, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Além dos impactos da nefasta reforma da Previdência, os trabalhadores hoje são prejudicados pelo sucateamento do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). Atualmente, 2,3 milhões de pessoas aguardam concessão de benefícios, como aposentadoria. Desse total, 1,3 milhão de solicitações extrapolaram o prazo de 45 dias para análise previstos em lei.
“A situação é desumana, pois a maior parte dessas pessoas dependem desse dinheiro para pagar despesas essenciais à sobrevivência, como compra de alimento, remédios e pagamento de aluguel”, argumenta o secretário dos aposentados do Sindicato, José Xavier. Por isso, e por tantas outras retiradas de direitos, os trabalhadores não devem se aposentar da luta.
A previsão do governo é normalizar a situação em seis meses. Em 2019, aposentaram-se 6 mil funcionários do INSS. Mas, ao invés de abrir novo concurso, o governo transferiu servidores e contratou terceirizados para executar parte das atividades. Recentemente, anunciou a convocação de 7 mil militares da reserva para reforçar o atendimento ao público.
A presidenta do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Suzi Rodrigues, critica a medida. “É evidente que essa medida não soluciona os problemas estruturais do INSS, além de ser perigosa, pois insere militares que não têm o preparo técnico necessário para atuar dentro de uma autarquia estratégica como é o INSS. Isso só atende aos interesses políticos do governo”, conclui.